Após 14 meses, PMs envolvidos na morte de mecânico são demitidos
19/06/2008 - Jornal da Cidade
Os três policiais militares envolvidos na morte do mecânico Jorge Luiz Lourenço, ocorrida em Bauru no dia 5 de abril de 2007, foram demitidos da corporação. A pena administrativa imputada a Lincoln César Cares, Renato Valderramas de Favari e Ricardo Antonio do Amaral foi publicada no final da semana passada, no Diário Oficial do Estado.A defesa dos três pedirá revisão do ato ao comandante-geral da PM, coronel Roberto Antônio Diniz. Também entrará com recurso na Justiça Militar, onde solicitará a reintegração dos policiais. “Há informações de conhecimento da defesa, de outros casos análogos e muitas vezes piores a títulos de prova, em que o policial permaneceu na corporação. Vai responder ao Tribunal de Júri e nem foi instaurado procedimento administrativo, inclusive tendo sido até promovido”, comenta a advogada dos policiais Fernanda Cabello da Silva Magalhães.Na opinião dela, as provas foram avaliadas de forma tendenciosa, já que a decisão foi tomada com base em poder discricionário. “Poder discricionário é opinião. Interpretar, eu opino de um lado ou opino do outro”, comenta. De acordo com Magalhães, a corporação avaliou conduta, não crime. “Temos provas concretas de envolvimento do rapaz, que sustentaram o fato dele estar armado, dele ter disparado a arma de fato. Mas a opinião do comando da PM foi diferente”, afirma. A advogada ainda ressalta que o subcomando-geral da PM recebeu abaixo-assinado com cerca de cinco mil assinaturas pedindo a manutenção dos policiais no cargo.Quando encerrou-se o inquérito policial militar e se instaurou procedimento administrativo, ele visava a expulsão – aplicada para casos considerados graves. Segundo Magalhães, a pena foi abrandada para demissão até porque a corporação reconheceu que a cena do crime não foi adulterada. Em trecho da decisão da PM, consta que ficou comprovado que não foram eles que retiraram o projétil que se encontrava alojado no interior do capacete do mecânico, por exemplo.
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Corporação
O Comando da Polícia Militar, em nota enviada pela assessoria de imprensa, informa que o ato administrativo de demissão já manifesta o zelo com compromisso da corporação com a defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana. Já para o Comando de Policiamento do Interior 4 (CPI-4), a situação dispensa comentário, já que o processo foi conduzido e resultou na demissão.O processo na Justiça, no entanto, continua. No dia 17 de julho será realizada a audiência de instrução das testemunhas arroladas pelo Ministério Público. Na oportunidade, deve ser marcada a data para que sejam ouvidas as testemunhas de defesa.
Luciana La Fortezza/Da Redação
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Solidariedade à mãe de Carlos Rodrigues Júnior
01/06/2008 - Cartas - Jornal da Cidade
Caso Juninho
É com tristeza que escrevo esta carta a todas as mães que perderam seus filhos com tanto requinte de crueldade, assim como o caso do Juninho aqui em Bauru.
A poucos dias li uma carta onde o missivista tece comentários ofensivos à senhora Elenice e a seu filho Juninho, já falecido.
O pior ainda é que este missivista parabeniza os algozes do adolescente. Sr. missivista! Não incentive a violência!! Pois esta já a temos demais. Ao invés de fazer isto, plante uma roseira e não semeie espinhos, pois estes podem no futuro ferir-lhe seus pés.
Senhora Elenice, embora sejamos ainda desconhecidas, nada me impede de ser solidária com a senhora, como acabamos de comemorar o Dia das Mães, segue aí, simbolicamente, para a senhora uma rosa com carinho, e continuo sempre pedindo a Deus que enxugue suas lágrimas com seu amor.Juninho! Você já está ao lado de Deus, peço que interceda a ele, já nós que estamos aqui na Terra e sujeitos às violências das quais lhe tiraram sua vida e se foi tão precocemente e pouco mais que uma criança. Fique com Deus. Amém. E sempre nos lembrando de que o amor ainda é o sentimento mais nobre que Jesus Cristo nos ensinou aqui na Terra.
Iris Linhares Ferreira de Mello - RG 5.347.238
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