MOÇÃO DE REPÚDIO
Contra a violência policial à qual foi submetido o adolescente Carlos Rodrigues Junior, 15 anos, no dia 15/12/07 em sua residência, que ocasionou sua morte
Nós, entidades e cidadãos, abaixo relacionados, vimos manifestar intenso repúdio e indignação frente aos fatos que desencadearam a morte de Carlos Rodrigues Júnior de 15 anos, na madrugada do dia 15/12/2007 em sua residência, no bairro Mary Dota em Bauru/SP.
De acordo com relatos publicados pela imprensa local (Jornal da Cidade e Bom Dia nos dias 16 e 17/12/07), seis policiais militares chegaram à casa de Carlos, por volta das 3h da manhã, mediante denúncia de que o adolescente teria roubado uma moto. Chutaram o portão e deram coronhadas na porta. Assim que a mãe de Carlos abriu a porta, os policiais invadiram a casa e o quarto onde o garoto dormia. Fecharam a porta e ficaram sozinhos com o adolescente por aproximadamente uma hora, enquanto a mãe e a irmã ouviam do lado de fora os gritos e gemidos do rapaz. Ambas tentaram interceder junto aos policiais mas não foram atendidas.
Ao saírem da casa, os policiais levaram Carlos já desacordado ao Pronto Socorro Central, onde veio a óbito por volta das 7h da manhã. Segundo o laudo do IML de Bauru, assinado pelo médico legista Dr. Ivan Segura, o corpo de Carlos apresentava cerca de 30 marcas de queimaduras por choque elétrico e hematomas diversos, provocados por espancamento.
Os policiais – Roger Marcel Vitiver Soares de Souza, 31 anos; o cabo Gerson Gonzaga da Silva, 42 anos; os policiais Emerson Ferreira, 35 anos; Ricardo Ottaviani, 34 anos; Maurício Augusto Delasta, 33 anos e Juliano Arcângelo Bonini, 34 anos – foram presos em flagrante pelo comando da PM e encaminhados ao Presídio Militar Romão na capital, onde se encontram sob investigação e aguardam as novas etapas do processo.
A população do bairro Mary Dota realizou um protesto de revolta e indignação contra a morte de Carlos, num exemplo claro de insatisfação com a violação dos direitos humanos.
A tortura e morte do adolescente Carlos Rodrigues Júnior são atos abomináveis que repudiamos veementemente.
Exigimos respeito à dignidade e à vida humana.
Solidarizamo-nos com a família de Carlos e com a comunidade indignada do bairro.
Repudiamos a ação dos policiais militares supostamente envolvidos neste ato de tortura e morte.
Repudiamos veementemente as violações de Direitos Humanos que foram cometidas: invasão de domicílio sem ordem judicial, tortura (choques elétricos e espancamentos) resultando no homicídio do adolescente.
Repudiamos também outros casos de violência policial em Bauru cometida contra adolescentes, que inclusive já constam com B.O. registrado e estão sob investigação.
Bauru, 19 de dezembro de 2007.
ENTIDADES
Conselho Regional de Psicologia – Subsede - Bauru
AMAR – Associação de Mães e Amigos da Criança e do Adolescente em Risco - Bauru
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - Bauru
Instituto Acesso Popular de Educação Cultura e Política - Bauru
União Municipal dos Estudantes Secundaristas - Bauru
Núcleo Pela Tolerância / UNESP – Bauru
Núcleo de Juventude do Partido dos Trabalhadores - Bauru
Conselho Tutelar - Bauru
SOCIEDADE CIVIL
Maria Orlene Daré – CRP – Subsede - Bauru
Jorge A.S. Moura – ACEP/JPT
Hobert dos Santos – UEE-SP/DCE-USC
Jussara Canella – Assistente Social
Rosangela Maria Lenharo – Assistente Social
Mayron de Souza Costa – UMESB
Renan de Almeida Pinheiro – UMESB
Samuel Galiano Menezes – UJS
Alexsander Monessa – Advogado AMAR
Silas Aparecido Moreira – AMAR
Eva Pereira Brandão
Regiane Aparecida Piva
Karla Paulino Tônus
Juliana Campregher Pasqualini – CRP/AMAR
Florisvaldo Antonio Fiorentino Junior
Mario Lucio Pereira Machado
Clodoaldo M. Cardoso – Unesp/Bauru
Sonia AP. Almeida Justino
Luciana Vieira
Roseli Diccine Mariano
Andréa dos Santos Costa
Contra a violência policial à qual foi submetido o adolescente Carlos Rodrigues Junior, 15 anos, no dia 15/12/07 em sua residência, que ocasionou sua morte
Nós, entidades e cidadãos, abaixo relacionados, vimos manifestar intenso repúdio e indignação frente aos fatos que desencadearam a morte de Carlos Rodrigues Júnior de 15 anos, na madrugada do dia 15/12/2007 em sua residência, no bairro Mary Dota em Bauru/SP.
De acordo com relatos publicados pela imprensa local (Jornal da Cidade e Bom Dia nos dias 16 e 17/12/07), seis policiais militares chegaram à casa de Carlos, por volta das 3h da manhã, mediante denúncia de que o adolescente teria roubado uma moto. Chutaram o portão e deram coronhadas na porta. Assim que a mãe de Carlos abriu a porta, os policiais invadiram a casa e o quarto onde o garoto dormia. Fecharam a porta e ficaram sozinhos com o adolescente por aproximadamente uma hora, enquanto a mãe e a irmã ouviam do lado de fora os gritos e gemidos do rapaz. Ambas tentaram interceder junto aos policiais mas não foram atendidas.
Ao saírem da casa, os policiais levaram Carlos já desacordado ao Pronto Socorro Central, onde veio a óbito por volta das 7h da manhã. Segundo o laudo do IML de Bauru, assinado pelo médico legista Dr. Ivan Segura, o corpo de Carlos apresentava cerca de 30 marcas de queimaduras por choque elétrico e hematomas diversos, provocados por espancamento.
Os policiais – Roger Marcel Vitiver Soares de Souza, 31 anos; o cabo Gerson Gonzaga da Silva, 42 anos; os policiais Emerson Ferreira, 35 anos; Ricardo Ottaviani, 34 anos; Maurício Augusto Delasta, 33 anos e Juliano Arcângelo Bonini, 34 anos – foram presos em flagrante pelo comando da PM e encaminhados ao Presídio Militar Romão na capital, onde se encontram sob investigação e aguardam as novas etapas do processo.
A população do bairro Mary Dota realizou um protesto de revolta e indignação contra a morte de Carlos, num exemplo claro de insatisfação com a violação dos direitos humanos.
A tortura e morte do adolescente Carlos Rodrigues Júnior são atos abomináveis que repudiamos veementemente.
Exigimos respeito à dignidade e à vida humana.
Solidarizamo-nos com a família de Carlos e com a comunidade indignada do bairro.
Repudiamos a ação dos policiais militares supostamente envolvidos neste ato de tortura e morte.
Repudiamos veementemente as violações de Direitos Humanos que foram cometidas: invasão de domicílio sem ordem judicial, tortura (choques elétricos e espancamentos) resultando no homicídio do adolescente.
Repudiamos também outros casos de violência policial em Bauru cometida contra adolescentes, que inclusive já constam com B.O. registrado e estão sob investigação.
Bauru, 19 de dezembro de 2007.
ENTIDADES
Conselho Regional de Psicologia – Subsede - Bauru
AMAR – Associação de Mães e Amigos da Criança e do Adolescente em Risco - Bauru
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - Bauru
Instituto Acesso Popular de Educação Cultura e Política - Bauru
União Municipal dos Estudantes Secundaristas - Bauru
Núcleo Pela Tolerância / UNESP – Bauru
Núcleo de Juventude do Partido dos Trabalhadores - Bauru
Conselho Tutelar - Bauru
SOCIEDADE CIVIL
Maria Orlene Daré – CRP – Subsede - Bauru
Jorge A.S. Moura – ACEP/JPT
Hobert dos Santos – UEE-SP/DCE-USC
Jussara Canella – Assistente Social
Rosangela Maria Lenharo – Assistente Social
Mayron de Souza Costa – UMESB
Renan de Almeida Pinheiro – UMESB
Samuel Galiano Menezes – UJS
Alexsander Monessa – Advogado AMAR
Silas Aparecido Moreira – AMAR
Eva Pereira Brandão
Regiane Aparecida Piva
Karla Paulino Tônus
Juliana Campregher Pasqualini – CRP/AMAR
Florisvaldo Antonio Fiorentino Junior
Mario Lucio Pereira Machado
Clodoaldo M. Cardoso – Unesp/Bauru
Sonia AP. Almeida Justino
Luciana Vieira
Roseli Diccine Mariano
Andréa dos Santos Costa
Rosângela de Lima Vieira - Unesp/Marília
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